sábado, 25 de dezembro de 2010

O segundo segundo: já é natal!

A esperança renasce tão intensa
como o romper da aurora em uma manhã de verão.
Aos poucos volto pelo caminho por onde fugi.
Revejo os medos, a saudade...
Recolho a Gratidão e a Bondade
que caíram durante a fuga.
O mais impressionante é que volto ao ponto,
ao mesmo de sempre,
aquele que ouço a mesma voz de quem muito amei
e que a exatos dois anos matara minha esperança.
Sinto uma parte de mim voltando
e com isso a vontade de ser.
Percebo as tolices da juventude
e também que muita coisa ainda não mudou
os sonhos permanecem os mesmos,
pois no amor e na dor minha vontade ainda é amar
e sem ouvir as vozes do não, simplesmente: Ir.

Priscila Gajardo
(25/12/10 – 12:19)

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Um segundo

De repente sinto-me só
sem alguém com quem possa contar.
Olho para o céu e vejo nuvens espessas
como pouco antes de um temporal
que logo desaparecem.
A respiração fica profunda,
mas nada muda.
Tudo ao redor continua
na mais perfeita normalidade,
ou seja, na irreal.
E nesse pequeno um segundo
ouço Sua voz,
mas não sei como responder,
pois algo tão doce e precioso
me constrange.
Continuo a pensar no que te falar
paro em frente ao mar
sem ter nada para te dar.
E continuo, pois no meu amar
preciso sempre ao seu lado estar.
E isso é mais do que rimar
simplesmente é viver.

Priscila Gajardo
(06/12/10)

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Pelo interior

Impressiona-me tamanha beleza.
O mar e o céu já sabia,
mas o interior ser tão imenso quanto
não é algo perceptível a olho nu
somente os olhos da alma percebem.
Tem que ter valentia para se aventurar
e levar a sério essa aventura.
Muitos conquistam,
mas raros são os que permanecem.
A terra para dar frutos tem que ser cultivada
e é necessário esperar... no mesmo local
(vale lembrar)
Foi incrível a descoberta em meio as quedas d’água,
trilhas, vôos e escaladas pelo interior.

Priscila Gajardo
(06/12/10 – 10:34)

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Nada

Nada vem a mente
quando as palavras brigam entre si.

O egocentrismo já ganhou do teocentrismo
O desejo da razão.
O egoísmo nesse final de semana
passou a perna na amizade
com um sorriso de celebridade do ano.
O amor em meio a tudo permanece forte.
Poucas vezes é visto.
Alguns dizem que é por causa da idade,
que já não se dá mais com essa geração.
A amizade,
aquela, a esposa do companheirismo
irmã da lealdade, lembra?
É sua amiga mais intima e a tudo desmente.
Na verdade diz que ele está em plena forma
que a todos quer bem,
mas que são estes os que não o vêem,
que ultimamente a maioria não tem mais tempo
para vê-lo na rua.

Quando disso me lembro, entendo.
E prefiro que elas discordem entre si.


Priscila Gajardo
(01:24 - 23/11/10)

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Inigualáveis entre os mortais

Tudo começou com o amor.

No primeiro choro
Nos primeiros passos
Na primeira palavra
Na primeira conquista
Com as mãos estendidas
Prontos a ouvir
Com objeções
Com conselhos
Com pressentimentos
Sempre com ombros amigos
Com amor inigualável entre os mortais.
Assim são meus pais.

Priscila Gajardo
(23:51 - 11/11/10)

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

A casa

Por que é tão difícil?
Qual é o problema?
Apenas desejar o bem não basta.
Na contra mão?
Apenas na calçada.
Nunca na via.
Padrões, regras, rotina.
Conservadorismo...
Prudência?

Independência?
Não é tão boa como a liberdade.
Grupos exclusivos.
São os piores?
Excluem a escolha descartada,
de fato.
Se possuem liberdade são bons,
dão direito do ir e vir.
Mas se independentes cortam uma das vias.
Se tornam exclusivos,
preconceituosos com os excluídos,
que não se enquadram a seus padrões,
regras e rotinas.
Se fecham em seu conservadorismo moderno.

Priscila Gajardo
(00:46 - 10/11/10)

domingo, 31 de outubro de 2010

Descobertas de uma escalada


As pegadas descobertas sou eu quem as escolhe.
Não devemos confiar nas pedras,
pois podemos cair aos nos apoiar sobre elas,
em alguns casos morrer
em outros ficar alguns dias na UTI.
Na escalada um erro pode ser fatal.
Os pontos negativos apesar de difíceis
tem que ser superados.
Escalar em dupla é melhor do que só.
Duas cabeças pensam melhor do que uma
quando o objetivo é comum.
Às vezes o monte que escolhemos é alto demais.
O ar fica rarefeito
e os cuidados para lá permanecer são intensos.
Não existe melhor sensação do que a brisa do alto
e da visão do cume.
Mas uma vez lá, novos desafios são traçados,
pois este já está alcançado.


E.S. + Priscila Gajardo
(20:15 - 31/10/10)

2 para ser 1

Victoria Secret para a pele.
Armani para a alma.
Ir ao salão semanalmente.
Dolce Gabbana para ser.
Adidas para o corpo.
Dior para os Meus cuidados.
Esperar para entrar e sonhar até ser VIP.

Odiar a situação.
Raiva do erro alheio.
Glutão sim! Porque não?
Uma pequena pitada de inveja.
Louvar a quem se é.
Humm...EU sou irresistível..
Orgulhoso??? Jamais!

Sinceridade para se ver.
Amor...sinônimo de entrega.
Louvar a quem se deve adorar.
Verdade, mas a que liberta.
Atenção recebida através do
Carinho do Pai.
Amar além do espelho.

Ontem ser um. Hoje ser novo!


E.S. + Priscila Gajardo
(23:00 - 30/10/10)

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

A vida...

Podemos cair,
mas há sempre uma mão estendida.
Ouvimos muitas vozes,
mas somente uma fala a verdade.
São vários os caminhos,
mas apenas um leva para o lar.
Enorme é a fauna,
mas só o leão é considerado rei.
São muitas as opções,
mas a decisão é por uma apenas.
E se esta noite te pedirem a sua vida?
Quem será você?
O louco que nada fez?
Ou o sábio que tudo deu?

Aquele que ao dar e pensou tudo ter perdido
foi o que encontrou a sabedoria.
Já o que nada fez,
faleceu em sua loucura.


E.S. + Priscila Gajardo
(20:08 - 24/10/10)

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Aceita

Perdi-me em meio as densas nuvens do meu ser
que somente agora descarregam suas águas.
Isso me permite enxergar até onde cheguei...
...longe demais
Longe da Sua presença,
Longe da Sua luz
que sempre iluminara meu caminho.
Andei a sombra da morte,
mas seu amor em todo o caminho
me acompanhou...
...sai viva
E hoje ainda sobrevivo
mas a partir de agora irei viver
pois novamente no seu jardim estou.

Priscila Gajardo + E.S.
(5/10/10 – 00:50)

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Nordeste

De todas as direções
é de ti que me lembro agora.
Não mais com saudosismos e achismos,
mas com um jeito nordestino de pensar.
Um jeito de ochentes, rapazes e afins.
Pronto! Só de lembrar
já me vem um sotaque no falá.

Lamento pelos que te governam,
pois de ti não entendem
e pelos espelhos que caminham
nunca entenderão.
Do ouro que produzem
só se vê pelas ruas o reflexo
que cega quem para ele olhar.

Com ousadia te presenteio com meus versos
que nada se comparam a seus cordéis.
Das suas estradas vi um novo mundo
um povo que muito se difere
daquele fabricado pelas TVs.
Um povo que não merece receber dó,
mas sim nosso respeito.

Priscila Gajardo
(17/09/10 – 22:53)

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Esperar

Esperar é mais do que ter esperança,
não é nada mais simples
do que aguardar com certeza
pelo que se espera.
É ter fé,
confiar no mensageiro
que trouxe as boas novas.

Difícil tarefa é esperar em dia de chuva,
quando a tempestade vem com fúria
nos dando a impressão que tardará ainda mais
a longa espera.

O dia brando não menos desafiante é,
a beleza do dia oculta a espera
em meio aos seus prazeres
Nele o olhar pode perder o foco.

Esperar é mais do que ter esperanças,
é ter fé.

E.S.
(00:00 - 16/09/10)

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Inspiração II

Inesquecível o olhar.
Inexplicável o perdão.
Indescritível o amor.

No palácio cresci.
Dentro me decepcionei.
Fora sofri.

Já sem esperança cri.
A Palavra fora meu sustento.
(escrita e falada)

Mesmo fora jamais estive abandonada.
Dentro fui restaurada.
E muito mais que restaurada.

Surpreendida.
Da árvore seca nasceram novos galhos.
E de um milagre deram frutos.

Com a verdade fora plantada.
Com a fé germinada.
E da Fidelidade veio o fruto.

Um fruto que excede todo entendimento.
Confunde a lógica.
Com o Amor voltou a inspiração.


Priscila Gajardo + E.S.
(00:50 - 16/08/10)

sábado, 18 de setembro de 2010

Uma vez separado, sempre santo

Busco-ter no silêncio
a procura dos seus caminhos.
Mais altos e incomparáveis são os seus.
Meus pés vacilam,
mas logo sua destra me sustenta.
E pela madrugada ouço sua voz.
Logo percebo que o que busco
já está em minhas mãos,
pois um instrumento já sou.
Um desejo incontrolável domina meu ser:
quero ser melhor para Deus.
Logo o Eu pergunta: como?
Se hoje se apresenta com música desafinada.
Com amor se coloca a disposição.
Dos seus olhos chove arrependimento
que regam o fruto que acabara de ser plantado.
Um novo tempo acaba de se iniciar,
pois Deus vela sobre suas promessas para cumpri-las.
As águas reencontram um antigo canal.
E a medida que aumentam o volume
as pedras que antes impediam seu fluir
começam a ser removidas.
O povo sedento por chuva
conhece sua única saída do sertão,
o Caminho, a Verdade e a Vida,
Jesus.

E.S.
(02:22 - 25/08/10)

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Minha arte

Não quero falar sobre nada.
Apenas quero ouvir o silêncio da minha alma.
Ser parte do todo novamente
voltar a viver com um propósito maior
rir com intensidade
sentir cada respirar
continuar nadando sem jamais me afogar.
Um dia no parque,
era o que precisava,
fazer minha arte para mim, excluindo os narcisismos.
No lago a minha frente um cisne
pára, flutua e faz movimentos com seu bico
estes por sua vez
geram pequenas e constantes ondas
coincidentemente formam círculos ao seu redor
quando ele pára
as ondas cessam de nascer,
mas as primeiras não deixam de existir,
mesmo que distantes
até que após alguns instantes desaparecem.
Pensei: será que ele se deu conta do que acabara de acontecer?


Priscila Gajardo
(25/07/10 – 17:15)

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Pródigo

Primeiro se foi a inspiração
e com ela a visão
já não mais O Primeiro
e nem mais os outros.
Machu Picchu se tornou uma oculta
e detestável obsessão.
Já sem um alvo,
todos se tornaram possíveis
e os palpáveis o alvo.
Vãs a luz da escura luz,
florescentes e abomináveis.
Não menos perigosos
que as águas termais
a beira de um vulcão
prestes a entrar em erupção.

Uma virgula,
sim.
E não um ponto.

Primeiro o arrependimento
e com ele o perdão.
Depois o amor
e quem sabe a inspiração.
Degrau após degrau
na retomada da longa caminhada.

Priscila Gajardo
(26/04/10 - 20:59)