segunda-feira, 30 de maio de 2011

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Sou somente em nos
nos só existe se sou
Em um elo circular
sem inicio e fim
o nos se faz todo se
o sou é parte do todo.

Priscila Gajardo
(26/05/11 - 11:56)

sexta-feira, 27 de maio de 2011

...

Não existe a metáfora perfeita...

Ao infinito pertencem os versos
que compõem a explicação.

A vida não cabe em palavras
(que) a ela cabe (:) apenas o tempo.

... o único caminho possível.

Priscila Gajardo
(20/05/11 - 11:42)

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Insistência

Umar em furia,
comdas de mais dez metros
o pensamento fica acelerado
as reflexões ocultas.

Uma tempestade no deserto,
com velozes
o pensamento fica no ar
as reflexões so l t a s

Uma multidão andante,
O olhar fica perdido
os pensamentos sem respostas
as reflexões desaparecem

Uma pessoa,
insiste em ser
com pensamentos
com reflexões.

Priscila Gajardo
(20/05/2011 - 10:44)

Um relógio diferente

Na competição pelo tempo
os ponteiros sempre se comparam
minutos sempre correndo atrás dos segundos
e as horas atrás dos minutos
e alguém atrás das horas
porque outro alguém lhe pede algo.
É quase uma quadrilha drummondiana.
Hoje o tempo parou e a competição acabou
Quase perguntei a José o que fizera após a festa
Parece que chegou meia noite sem passar pelas cinco.

Priscila Gajardo
(19/05/11 - 16:50)

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Rotina

Paulo leva o nome
Paula leva as dores
a cidade que não pára
tem na mão a obra
Café com pão de manhã
cafécompão a tarde
e a disposição?
Ficou nas vias
na busca da melhor estação.

Priscila Gajardo
(18/05/11 - 08:50)

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Como?

Posso ousadiar prosar
dessa parodia de viver?
Metaforosas as palavras são
ora ajudam ora transtornam
nunca se decidem de que lado estão.

Priscila Gajardo
(16/05/11 - 13:36)

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Necessários acordes

A vida é mais que o infinito
e a música é parte fundamental desse todo
sem palavras toca profundo na alma
diz mais que o olhar de um homem que realmente ama
é uma linguagem que transcende gerações
mas que nunca perde sua atualidade
junta antíteses, humores, teses, amores,
amoras, horas, histórias... Paradoxos.
E ainda assim é fruto da mente humana
de alguém que sente
para aqueles que necessitam sentir.

Priscila Gajardo
(13/05/11 - 15:33)

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Um velho labor

O simples tocar do sol em minha pele
combinado a brisa suave do final de uma manhã de primavera
foram o suficiente para fazer sangrar um coração.

A saudade costuma ser uma vírgula
mas esse saudosismo mais me pareceu um ponto.
A liberdade de outrora
parece cada dia mais distante.

Acabei de descobrir mais um local
até então desconhecido em meu calejado coração
acostumado a sofrer por amor agora sofre por labor.
Entregou o viver em meio aos bem-te-vis
para receber o viver em meio ao vácuo.

Priscila Gajardo
(05/05/11 - 11:05)

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Raros porquês de muitos por quê

Não faz sentido.
Qual é o problema?
Entender os motivos é a causa.
As atitudes como consequência
foge ao que está fora dos manuais
Não na primeira e na segunda faz sentido
mas não na oitava e décima
isso foge a vontade de viver.
Tudo o que vejo feito é em aquarela
que logo vem a chuva e desfaz
Mudar seria um passo importante,
não entendo se as pernas já estão fortes
o suficiente para pular o abismo do medo
e isso não cabe a mim decidir.
Ainda, sentada, assisto em silêncio
a parodia de Ismalia
onde a esperança não tende nem a zero
nem a um lugar melhor
apenas tende ao nascer e o pôr do sol
observando noites com e sem luar.

Priscila Gajardo
(04/05/11 - 10:49)