sexta-feira, 15 de julho de 2011

Teixo

Por um bate mais forte,
mas nunca para de bater.
Consta na percepção comum
que até perto dos demais não para
se parar, tudo para, até a vida.
A vida apesar de privada...
é pública!
Se ama no privado
e vive no público.
Quem não sabe viver
não é digno de amar.
Aliás não pode amar,
pois manter o amor em cárcere,
ainda que privado,
é crime!

Priscila Gajardo
(15/07/11 - 10:12)

domingo, 10 de julho de 2011

{02:20}


(Priscila Gajardo - 2007)

sábado, 9 de julho de 2011

Em busca

o riso
o cheiro
o toque
os lugares
os seres
os objetos
tudo
absolutamente tudo
passa...
e o que fica?
e a dúvida?
se a pena não é eterna,
será que vale?

Priscila Gajardo
(07/07/11 - 09:12)

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Ela

Ela quer seu reinado
cansou de ser plebéia
de apenas frequentar a corte
ser apresentada como alguém.
Deseja ser quem se é.

Tentou construir sua própria corte.
Em vão.
Seu país vive uma democracia.
Os reis estão extintos.

No devaneio do seu sonho
vive entre os plebeus
vestida com seu sonho de rainha.

Priscila Gajardo
(05/07/11- 10:31)

quarta-feira, 6 de julho de 2011

O grande carrossel

A vida é fantástica.
Por que desperdiçá-la
em um carrossel?
Sempre tão monótono,
apesar de seus vários movimentos
e, diria, previsíveis.
A menos que algo dê errado
como por exemplo a falta de energia,
será sempre: previsível.
Ao redor só mudará
se alguém alterar a paisagem.
Só não entendo uma coisa:
Por que é errado viver fora do carrossel?

Priscila Gajardo
(30/06/11 - 21:19)

terça-feira, 5 de julho de 2011

(Com/De) Propósito

Num instante qualquer.
Num lugar qualquer.
Com pessoas comuns.
É como um olhar
que para se encontrar
tem que viver o mesmo instante.
Se um abrir e o outro fechar
não há encontro.

Mas é simples,
é só questão de tempo.

Priscila Gajardo
(30/06/11 - 21:09)