quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Inspiração II

Inesquecível o olhar.
Inexplicável o perdão.
Indescritível o amor.

No palácio cresci.
Dentro me decepcionei.
Fora sofri.

Já sem esperança cri.
A Palavra fora meu sustento.
(escrita e falada)

Mesmo fora jamais estive abandonada.
Dentro fui restaurada.
E muito mais que restaurada.

Surpreendida.
Da árvore seca nasceram novos galhos.
E de um milagre deram frutos.

Com a verdade fora plantada.
Com a fé germinada.
E da Fidelidade veio o fruto.

Um fruto que excede todo entendimento.
Confunde a lógica.
Com o Amor voltou a inspiração.


Priscila Gajardo + E.S.
(00:50 - 16/08/10)

sábado, 18 de setembro de 2010

Uma vez separado, sempre santo

Busco-ter no silêncio
a procura dos seus caminhos.
Mais altos e incomparáveis são os seus.
Meus pés vacilam,
mas logo sua destra me sustenta.
E pela madrugada ouço sua voz.
Logo percebo que o que busco
já está em minhas mãos,
pois um instrumento já sou.
Um desejo incontrolável domina meu ser:
quero ser melhor para Deus.
Logo o Eu pergunta: como?
Se hoje se apresenta com música desafinada.
Com amor se coloca a disposição.
Dos seus olhos chove arrependimento
que regam o fruto que acabara de ser plantado.
Um novo tempo acaba de se iniciar,
pois Deus vela sobre suas promessas para cumpri-las.
As águas reencontram um antigo canal.
E a medida que aumentam o volume
as pedras que antes impediam seu fluir
começam a ser removidas.
O povo sedento por chuva
conhece sua única saída do sertão,
o Caminho, a Verdade e a Vida,
Jesus.

E.S.
(02:22 - 25/08/10)

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Minha arte

Não quero falar sobre nada.
Apenas quero ouvir o silêncio da minha alma.
Ser parte do todo novamente
voltar a viver com um propósito maior
rir com intensidade
sentir cada respirar
continuar nadando sem jamais me afogar.
Um dia no parque,
era o que precisava,
fazer minha arte para mim, excluindo os narcisismos.
No lago a minha frente um cisne
pára, flutua e faz movimentos com seu bico
estes por sua vez
geram pequenas e constantes ondas
coincidentemente formam círculos ao seu redor
quando ele pára
as ondas cessam de nascer,
mas as primeiras não deixam de existir,
mesmo que distantes
até que após alguns instantes desaparecem.
Pensei: será que ele se deu conta do que acabara de acontecer?


Priscila Gajardo
(25/07/10 – 17:15)