O passado luta contra o presente
como dois cidadãos lutando pela sua pátria
na pior das guerras: a civil.
Parece não perceber que já se eternizara
nas lembranças esquecidas.
A cada batalha os minutos mortos
unem-se contra os minutos ainda vivos,
pois ambicionam o que não podem mais ter,
sua constância no presente.
Querem ser mais do que minutos,
desejam ser a vida que não lhes fora dada.
Os minutos futuros são a vitrine da eternidade
infinitos em cada olhar,
são a imagem do horizonte intocável.
A esperança contra o passado,
petrificado como uma lavra de vulcão já apagada,
que se vencido com a realidade de um novo amanhã,
puro como uma gota de orvalho de uma manhã de primavera.
Priscila Gajardo
(13/06/09 – 00:25)
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